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domingo, 18 de julho de 2010

As primeiras peças teatrais.

As primeiras peças de teatro gregas eram apresentadas nas festas religiosas em homenagem ao deus Dioniso. Esse era o deus da festa, do vinho, da loucura, dos prazeres.

Nada mais louco, mais gostoso e mais embriagador do que o teatro não concorda?

Os três autores de teatro mais destacados foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Suas obras, escritas no século V a. C., eram chamadas de tragédias, e a maioria delas tinha final triste. O enredo das peças gregas sempre tratava de lendas conhecidas por toda a plateia. Portanto, o que atraía as pessoas não eram as histórias (que todos já conheciam), mas o jeito habilidoso e poético como o autor as tinha escrito. E realmente eram muito bem escritas. Tanto que ainda hoje é comum a apresentação de peças gregas nos mais modernos teatros do mundo.

Uma das tragédias mais bonitas de Ésquio é Prometeu Acorrentado. Prometeu foi o titã (uma espécie de deus antigo) que deu um presente maravilhoso à humanidade: o fogo. Dominando o fogo, os homens puderam superar os outros animais e ficar parecidos com os deuses. Os homens inventaram as ferramentas, a Astronomia, a Medicina a Matemática, a escrita. Com tamanha inteligência, os seres humanos ameaçavam a supremacia dos deuses. Por causa disso, Zeus, o principal dos deuses castigou Prometeu com uma terrível punição: ele foi acorrentado a uma rocha e, todos os dias, era visitado por um abutre que devorava seu fígado. Dor insuportável até a eternidade, que Prometeu aguentava com orgulho. A inteligência humana pode até nos fazer sofrer, mas nós temos orgulho dela!

A obra mais célebre de todas é ÉdiPo Rei, de Sófocles. Édipo era filho de Laio e Jocasta, reis de Tebas. Logo que o menino nasceu, o deus Apoio alertou que um dia, quando adulto, o filho mataria o próprio pai. Apavorado, o rei Laio abandonou a criança numa montanha. Mas o bebê foi salvo por um humilde pastor e foi educado sem saber que era filho de pais adotivos. Certo dia, quando já era adulto, Édipo ouviu uma terrível profecia, que dizia que ele mataria seu pai e casaria com sua mãe. Ficou horrorizado. Não queria que isso acontecesse. Por isso, abandonou seus pais adotivos (que ele acreditava serem seus pais de verdade) e fugiu para bem longe. Na estrada, esbarrou com um estranho e discutiu. Os dois lutaram com espadas e Édipo, mais jovem e vigoroso, matou o sujeito. Estava cumprida a primeira parte da profecia: aquele velho era Laio, o pai real de Édipo. Sem querer, Édipo matara o próprio pai!

Em seguida, Édipo aproximou-se de Tebas. A cidade estava dominada por um monstro terrível, a Esfinge (Sphinx). O rosto e o busto eram de uma mulher, mas o corpo era de leoa. Cada pessoa que se aproximava de Tebas era abordada pelo monstro, que lançava um enigma: “Decifra-me ou devoro-te”, dizia ele. Ou seja, quem não soubesse a resposta do problema seria morto por ele. Muitos tentaram responder, mas todos falharam. Até que chegou Édipo. O monstro fez a mesma pergunta de sempre: “Qual é o animal que de manhã tem quatro patas, ao meio-dia tem duas e ao entardecer tem três?” Conseguiria escapar da terrível Esfinge?

Édipo conseguiu. A resposta foi:
“O animal em questão é o ser humano. Na sua manhã ele é um bebê, que engatinha com os pés e as mãos. Ao meio-dia, é adulto e caminha sobre os dois pés. No seu crepúsculo, é um velho, que precisa de uma bengala, a terceira perna.” Diante da resposta certa, nada restou à Esfinge senão se matar.

Édipo tinha se tornado o herói salvador de Tebas. Famoso, casou-se com a rainha viúva Jocasta. Isso mesmo, ele se casou com a própria mãe! A segunda parte da profecia estava cumprida.

A desgraça se abateu sobre a cidade de Tebas. A fome e a peste mataram muitas pessoas. Édipo, agora rei de Tebas, queria saber o motivo daquela desgraça toda. O adivinho cego, Tirésias, sabia a resposta. Não enxergava nada do presente porque era cego, mas era capaz de enxergar o que nenhum homem poderia: o passado e o futuro. Então, Tirésias anunciou que o culpado de tudo era o assassino do antigo rei Laio.

Pobre rei Édipo! Fazia de tudo para encontrar o culpado quando ele próprio era o culpado! Finalmente, descobriu tudo: tinha matado o próprio pai e casado com sua mãe, chegando a ter quatro filhos com ela. Sua mãe, Jocasta, suicidou-se. Desesperado com a revelação, Édipo arrancou seus próprios olhos e, cego, partiu de Tebas, amaldiçoado, para morrer bem longe de lá.

No século XX, muitos psicanalistas (estudiosos da mente e da personalidade humana), seguidores das idéias de Sigmund Freud, disseram que a lenda grega de Édipo expressa um comportamento típico dos seres humanos durante uma fase de sua infância: o amor do me nino por sua mãe e o medo que tem de ser castigado pelo pai, ou o amor que a menina tem por sua mãe e o sentimento de que foi punida por causa disso.

Puxa vida, como as idéias e sentimentos dos gregos podem ser atuais não é mesmo?

Além das tragédias, os gregos apreciavam as peças engraçadas. O maior escritor de comédias teatrais foi Aristófanes. Ele ria de todo mundo, dos filósofos, dos políticos, dos militares. Até os deuses ridicularizou. Suas peças tinham palavrões e coisas obscenas, mas seu humor era inteligente.



Texto enviado às 11:15 - 12/09/2008
Autor: Ana Cláudia Sartorelli e Fernanda Soria

Teatro Grego

O teatro na Grécia antiga teve suas origens ligadas a Dionisio, divindade da vegetação, da fertilidade e da vinha, cujos rituais tinham um caráter orgiástico. Durante as celebrações em honra do deus, em meio a procissões e com o auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, os ditirambos, que mais tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje conhecemos através de peças consagradas.

Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas, que neste período também conheceu seu esplendor, mas espalhou-se por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África. Sua tradição foi depois herdada pelos romanos, que a levaram até as suas mais distantes províncias, e é uma referência fundamental na cultura do ocidente até os dias de hoje.

Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado. Téspis parece ter sido um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem individualizado, o ator, em contraste ao coro, anônimo e coletivo. Com estas inovações, é considerado o pai da tragédia, mas possivelmente não tenha sido de fato o primeiro a usar diálogos. Sólon parece ter escrito poemas com esta característica, e os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada.[1] Também parece ter introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois papéis na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face na frente e outra na nuca. As máscaras tinham uma outra função, eminentemente prática, por possibilitarem às pessoas acompanhar a ação cénica pelas expressões que mostravam, quando a voz do ator não conseguia alcançar toda a platéia.

Outros autores que se destacaram nesta época são Choerilus, Pratinas e Phrynichus, cada qual introduzindo mudanças no estilo da representação. Destes, Phrynichus é o mais conhecido, vencedor de competições e autor de tragédias com temas explorados mais tarde na era dourada do teatro grego, como As Danaides, As Mulheres da Fenícia e Alceste, sendo o primeiro a introduzir personagens femininos. Foi ainda o primeiro a abordar um tema contemporâneo com a peça A Queda de Mileto, produzida em 493 a.C. e que arrancou lágrimas da platéia pelo choque que a conquista da cidade pelos persas provocara na sociedade ateniense. Mas ao contrário do que se poderia esperar, Heródoto conta que em vez de ser considerada um sucesso por sua eficiência dramática, a peça acarretou ao autor uma multa de mil dracmas por ter trazido à memória dos cidadãos uma calamidade tão infausta, que os havia abalado tão profundamente, e a peça foi proscrita para sempre.[2]

O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a platéia.

Os atores do teatro grego eram todos homens, e interpretavam vários papéis durante o mesmo espectáculo. Na tragédia existiam três atores e na comédia quatro. Os atores utilizavam máscaras e fatos que poderiam ser pesados. Na tragédia os atores utilizavam uma túnica até aos pés, chamado quíton, e o coturno; na comédia usavam-se roupas próximas às utilizadas pelos cidadãos e calçavam-se sandálias.

[editar] O apogeu do teatro grego

Depois da queda de Atenas e sua destruição pelos persas em 480 a.C. a cidade foi reconstruída, e o teatro passou a desempenhar um papel ainda mais importante na cultura e no orgulho cívico locais. Com a evolução da forma e a introdução de enredos fictícios ou contemporâneos se estabilizaram dois gêneros principais, já plenamente cênicos: a tragédia e a comédia. Nas Grandes Dionísias três poetas concorriam, cada um com três tragédias e um drama satírico. Para além disso, apresentavam-se cinco comédias e 20 ditirambos.

As novidades desta fase são a introdução de um segundo ator, o deuteragonista, por Ésquilo, e depois um terceiro, o tritagonista, por Sófocles. O coro se formalizou e fixou com cerca de 4 a 8 pessoas, vestidas de negro, e o acompanhamento musical desenvolveu os primeiros sinais de cromatismo e polifonia na história da música do ocidente. Crátinos, por sua vez, foi o primeiro a levar a comédia a um alto nível de dignidade literária.

Helenismo

Com a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso sua influência declinou, a produção teatral decaiu e peças antigas voltaram aos palcos. Embora a tradição parecesse ter perdido vitalidade, o teatro continuou a ser cultivado até o período helenístico, quando o gênero de preferência passou da tragédia para a comédia, ora transformada em uma farsa cômica sobre assuntos prosaicos. O único autor importante do período é Menandro, e a Comédia Nova, como passou a ser chamada, teve grande influência na comédia romana de Plauto e Terêncio.

Os gêneros

Tragédia

A tragédia é o gênero mais antigo, tendo surgido provavelmente em meados do século VI a.C. Os temas da tragédia eram oriundos da religião ou das sagas dos heróis, sendo raras as tragédias que se debruçavam sobre assuntos da época (um exemplo de passada que abordava temas contemporâneos foi Os Persas de Ésquilo). A maioria das tragédias retrata a queda de um herói, muitas vezes atribuída à sua arrogância (hybris).

Comédia

Comédia

Cena de comédia em vaso da Apúlia, século IV a.C.
Busto de Eurípides, cópia romana de original grego do século IV a.C., Museu Pio-Clementino.

A comédia passou a integrar as Grandes Dionísias em 488 a.C., tendo tido portanto um reconhecimento meio século depois da tragédia. No ano de 440 a.C. a comédia foi também introduzida nas Leneias, outro festival em honra Dioniso no inverno. Na comédia o coro assumia uma importância maior que na tragédia e verificava-se uma maior interactividade com o público, já que os actores dialogavam com este.

Da Comédia Antiga apenas sobreviveram os trabalhos de Aristófanes, que se inspiram na vida de Atenas e que se caracterizam pela crítica aos governantes (Os Cavaleiros, Os Acarnenses), à educação dos sofistas (As Nuvens) e à guerra (Lisístrata). Um dos políticos mais criticados por Aristófanes foi Cléon, que teria levado Aristófanes aos tribunais por se sentir ofendido.

A Comédia Nova desenvolveu-se a partir da morte de Alexandre Magno em 323 a.C. até 260 a.C.. Teve em Menandro um de seus representantes. A política já não era um dos temas explorados, preferindo-se enredos que giravam em torno de identidades falsas, intrigas familiares e amorosas.

Autores


Embora sejam registrados muitos autores especialmente na época áurea do teatro grego, somente de quatro nos chegaram peças integrais, todos eles de Atenas: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes na tragédia, e Aristófanes na comédia. Suas criações, e mais referências de fontes secundárias como Aristóteles, são a base para o conhecimento do teatro da Grécia Antiga.

Ésquilo (525 a 456 a.C.. aproximadamente)

  • Principal texto: Prometeu acorrentado.
  • Tema principal que tratava: contava fatos sobre os deuses e os mitos.

Sófocles (496 a 406 a.C. aproximadamente)

  • Principal texto: Édipo Rei.
  • Tema principal que tratava: as grandes figuras reais.

Eurípides (484 a 406 a.C.aproximadamente)

  • Principal texto: As troianas
  • Tema principal que tratava: dos renegados, dos vencidos (pai do drama ocidental)

Aristófanes (445 a.C.? – 386 a.C.) Dramaturgo grego considerado o maior representante da comédia grega clássica.

Os teatros


Os teatros (de theatron, "local onde se vê") surgiram a partir do século VI a.C.. Julga-se que antes disso as primeiras representações teatrais seriam realizadas em locais públicos como a ágora de Atenas.

Os teatros situavam-se ao ar livre, nos declives das encostas, locais que proporcionavam uma boa acústica. Inicialmente os bancos eram feitos de madeira, mas a partir do século IV a.C. passaram a ser construídos em pedra.

Para além a platéia distinguiam-se várias áreas no teatro. A orquestra era a área circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das bancadas, onde o coro realizava a sua interpretação. Julga-se que a orquestra teria de início uma forma quadrangular, como no Teatro de Tóricos. No centro da orquestra ficava a thymele, um altar em honra a Dioniso, que servia não só para oferecer sacrifícios, mas também como adereço. Em cada lado da orquestra existiam as entradas para o coro, os parodoi.

Detrás da orquestra estava a skenê, o cenário, estrutura cuja função inicial foi servir como local onde os actores trocavam de roupa, mas que passou também a representar a fachada de um palácio ou de um templo. Frente à skenê estava o proscenium, onde os actores representavam os papéis, se bem que estes também se deslocassem até à orquestra.

Dos teatros da Antiga Grécia alguns dos mais importantes são o Teatro de Epidauro, o Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático, o Teatro de Delfos, o Teatro de Segesta, o Teatro de Siracusa e o Teatro de Dionísio.


Notas e referências

  1. Brockett, Oscar G. History of the Theatre. Allyn and Bacon, 1999. USA. p.16-17
  2. Herodotus, Histories


As primeiras peças teatrais.

As primeiras obras teatrais de relevo surgidas na Grécia Antiga foram algumas tragédias representadas em Atenas no século VI a.C.
Nessa fase inicial, mais do que ser atividade artística, o teatro se relacionava às práticas religiosa. As tragédias faziam parte das festas em homenagem ao deus Dioniso, nas quais era comemorado o retorno da primavera e a nova fertilidade dos campos. A própria palavra tragédia mostra essa ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos.Tragédia deriva de tragós, que em grego significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos festivais dionisíacos. No século seguinte, a tragédia sofisticou-se e despontou como gênero relativamente autônomo, cada vez mais distante das festividades religiosa. Nessa mesma época surgiu um novo gênero teatral, a comédia, cujo nome deriva de komós (banquete). Gênero por princípio mais descontraído, a comédia dedicava-se fundamentalmente à crítica política, social e de costumes. À medida que o teatro foi se consolidando como arte, surgiram regras para nortear a criação. Exigia-se, por exemplo, que o autor utilizasse mimesis, ou seja, que os fatos apresentados em cena fossem verossímeis, possíveis de ocorrer na vida real. Começaram, então, a ser realizados os festivais de teatro, em que se inscreviam diversos autores para concorrer a um prêmio. Cada participante deveria apresentar três tragédias sobre o mesmo mito (por exemplo, Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona), além de uma sátira. Em todas as regiões de cultura helênica as tragédias e comédias eram representadas em teatros ao ar livre. O público sentava-se nas escadarias, e entre a platéia e o palco havia uma área semicircular denominada orquestra. Mas não era, como parece à primeira vista, o lugar dos músicos: estes se colocavam nas laterais. Na orquestra ficava o "coro", parte integrante da melhor produção teatral na Grécia. Formado por doze a catorze jovens, o coro funcionava como intermediário entre o público e os atores protagonistas, comentando, julgando e acompanhando a história interpretada. Os protagonistas também se comunicavam com o coro, participando-lhe suas aflições ou sua impressões durante a ação. Nas peças gregas, em geral, a palavra era mais importante que a movimentação em cena. O drana ou os fatos que acontecem a partir da ação eram, na maior parte dos casos, comunicados por mensageiros ou pelo coro.
O palco do teatro (em grego, skené) era quase sempre fixo e geralmente representava a entrada de um palácio em dois ou mais planos. O espaço genérico do palco era modificado com a utilização de grandes telas pintadas e uma iluminação especial feita com lamparinas a óleo. Sugeria-se assim um campo de batalha, uma taverna ou uma praia. Mas, no fundamental, a cenografia ficava por conta da imaginação do espectador. Para facilitar, em determinados momentos um ajudante apresentava cartazes com os dizeres "interior do Palácio", "Arremadores de Atenas"... No palco movimentavam-se geralmente dois atores de cada vez; só em casos excepicioanis havia três ou mais atores em cena. Esperava-se um desempenho extraordinário dos protagonistas. O texto, todo composto em verso, devia ser declamado como uma espécie de meio-canto acompanhado por música (o que hoje chamamos "recitativo"); algumas partes eram literalmente cantadas. Para serem vistos por todos, os atores vestiam uma espécie de armadura e calçavam tamancos altíssimos, chamados coturnos, que aumentavam sua altura em cerca de meio metro. As roupas de cena eram pesadas e sem elasticidade e uma enorme máscara que escondia o rosto completava a caracterização. Uma das principais funções da máscara era facilitar a imediata identificação do personagem (o rei, o deus, o vilão) pela platéia, assim que o ator entrasse em cena. Além disso, a expressão da máscara acentuava os sentimentos dominantes de cada personagem: ira, desprezo, compaixão... Havia um sem-número de máscara, representando tipos humanos e os mais variados sentimentos. Mas , a principal função da máscara era de ordem técnica. Em seu interior, no lugar correspondente à boca, havia um pequeno megafone que amplificava o som da voz. Esse dispositivo era fundamenta, pois, como os teatros eram ao ar livre, dificilmente os atores teriam recursos vocais suficientes para alcançar toda a platéia, por mais perfeita que fosse acústica da construção. Os atores em todo homens e interpretavam papéis masculinos e femininos indiferentemente. Na verdade, tudo dependia muito mais da imaginação do espectador do que dos recursos técnicos. Mas o que dominava, conseguindo atravessar os séculos, era a magia da palavra, o profundo encantamento poético que as peças transmitiam.

Fonte(s):

google

As primeiras peças teatrais.

As primeiras obras teatrais de relevo surgidas na Grécia Antiga foram algumas tragédias representadas em Atenas no século VI a.C.
Nessa fase inicial, mais do que ser atividade artística, o teatro se relacionava às práticas religiosa. As tragédias faziam parte das festas em homenagem ao deus Dioniso, nas quais era comemorado o retorno da primavera e a nova fertilidade dos campos. A própria palavra tragédia mostra essa ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos.Tragédia deriva de tragós, que em grego significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos festivais dionisíacos. No século seguinte, a tragédia sofisticou-se e despontou como gênero relativamente autônomo, cada vez mais distante das festividades religiosa. Nessa mesma época surgiu um novo gênero teatral, a comédia, cujo nome deriva de komós (banquete). Gênero por princípio mais descontraído, a comédia dedicava-se fundamentalmente à crítica política, social e de costumes. À medida que o teatro foi se consolidando como arte, surgiram regras para nortear a criação. Exigia-se, por exemplo, que o autor utilizasse mimesis, ou seja, que os fatos apresentados em cena fossem verossímeis, possíveis de ocorrer na vida real. Começaram, então, a ser realizados os festivais de teatro, em que se inscreviam diversos autores para concorrer a um prêmio. Cada participante deveria apresentar três tragédias sobre o mesmo mito (por exemplo, Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona), além de uma sátira. Em todas as regiões de cultura helênica as tragédias e comédias eram representadas em teatros ao ar livre. O público sentava-se nas escadarias, e entre a platéia e o palco havia uma área semicircular denominada orquestra. Mas não era, como parece à primeira vista, o lugar dos músicos: estes se colocavam nas laterais. Na orquestra ficava o "coro", parte integrante da melhor produção teatral na Grécia. Formado por doze a catorze jovens, o coro funcionava como intermediário entre o público e os atores protagonistas, comentando, julgando e acompanhando a história interpretada. Os protagonistas também se comunicavam com o coro, participando-lhe suas aflições ou sua impressões durante a ação. Nas peças gregas, em geral, a palavra era mais importante que a movimentação em cena. O drana ou os fatos que acontecem a partir da ação eram, na maior parte dos casos, comunicados por mensageiros ou pelo coro.
O palco do teatro (em grego, skené) era quase sempre fixo e geralmente representava a entrada de um palácio em dois ou mais planos. O espaço genérico do palco era modificado com a utilização de grandes telas pintadas e uma iluminação especial feita com lamparinas a óleo. Sugeria-se assim um campo de batalha, uma taverna ou uma praia. Mas, no fundamental, a cenografia ficava por conta da imaginação do espectador. Para facilitar, em determinados momentos um ajudante apresentava cartazes com os dizeres "interior do Palácio", "Arremadores de Atenas"... No palco movimentavam-se geralmente dois atores de cada vez; só em casos excepicioanis havia três ou mais atores em cena. Esperava-se um desempenho extraordinário dos protagonistas. O texto, todo composto em verso, devia ser declamado como uma espécie de meio-canto acompanhado por música (o que hoje chamamos "recitativo"); algumas partes eram literalmente cantadas. Para serem vistos por todos, os atores vestiam uma espécie de armadura e calçavam tamancos altíssimos, chamados coturnos, que aumentavam sua altura em cerca de meio metro. As roupas de cena eram pesadas e sem elasticidade e uma enorme máscara que escondia o rosto completava a caracterização. Uma das principais funções da máscara era facilitar a imediata identificação do personagem (o rei, o deus, o vilão) pela platéia, assim que o ator entrasse em cena. Além disso, a expressão da máscara acentuava os sentimentos dominantes de cada personagem: ira, desprezo, compaixão... Havia um sem-número de máscara, representando tipos humanos e os mais variados sentimentos. Mas , a principal função da máscara era de ordem técnica. Em seu interior, no lugar correspondente à boca, havia um pequeno megafone que amplificava o som da voz. Esse dispositivo era fundamenta, pois, como os teatros eram ao ar livre, dificilmente os atores teriam recursos vocais suficientes para alcançar toda a platéia, por mais perfeita que fosse acústica da construção. Os atores em todo homens e interpretavam papéis masculinos e femininos indiferentemente. Na verdade, tudo dependia muito mais da imaginação do espectador do que dos recursos técnicos. Mas o que dominava, conseguindo atravessar os séculos, era a magia da palavra, o profundo encantamento poético que as peças transmitiam.

Fonte(s):

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PlatãoxAristóteles e o Teatro.

Mimesis em contraste com diegesis

Também foram Platão e Aristóteles que diferenciaram mimesis de diegesis. Diegesis não é a representação do real através da arte, mas a encenação, os atores que descrevem eventos e atuam. É na diegesis que o autor leva o espectador ou leitor diretamente a expressar livremente sua criatividade, fantasias e sonhos, em contastre com a mimesis. Diegesis pode ser entendida, ainda, como “contar”, o autor narrando a ação diretamente e descrevendo o que está na mente dos personagens, suas emoções, enquanto a mimesis é vista como “mostrar” o que está acontecendo com as personagens através de seus pensamentos e suas ações.

Contra argumentos

A teoria diz que uma obra só é arte se for imitação ou representação da Natureza. Uma pintura abstrata não representa a Natureza e também pode ser considerada arte.

Mimesis/Teatro.

Mimesis (μίμησις de μιμεîσθαι), ou mimese, simplificando, significa imitação ou representação em grego.

Tanto Dinis quanto Aristóteles viam, na mimesis, a representação da natureza. Contudo, para Platão toda a criação era uma imitação, até mesmo a criação do mundo era uma imitação da natureza verdadeira (o mundo das idéias). Sendo assim, a representação artística do mundo físico seria uma imitação de segunda mão.

Já Aristóteles via o drama como sendo a “imitação de uma ação”, que na tragédia teria o efeito catártico. Como rejeita o mundo das idéias, ele valoriza a arte como representação do mundo. Esses conceitos estão no seu mais conhecido trabalho, a Poética.

Sócrates

Só sei que nada sei...
Sócrates chegou a conclusão que a sabedoria ultrapassa nossos limites e não temos como percebê-la na sua totalidade. O verdadeiro sábio é aquele que se coloca na posição de eterno aprendiz.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

John Lennon stand by me

Solicitação aos familiares

Sou louca sim!
Adoro cantar, gritar, amar, ter amigos, conquistar o mundo é e sempre foi a minha meta.
Sou Feliz e tenho tudo o que sempre quis!
Aqui deixo o meu pedido supremo: "Quero que doem os meus orgãos", sem discussão.
Quero viver por mais 51 anos, quem sabe... Mas se algo acontecer, quero que lembrem-se tem gente que ainda precisa de mim!
É assim que desejo viver!!!!!!!!!!!
Amo muito tudo isso!!!!!!!!!!
Sempre SÔ

Al Pacino - Scent of a Woman

Bon Jovi - always on my mind - live

Bicho de Pé - Pedra de responsa

Canto do Povo de um Lugar (Caetano Veloso) - Cristina Motta

Oficina para Professores Colégio Lúdico Conchas.

Projeto Teatro na Escola.