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sábado, 11 de dezembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Romeo e Giulietta

Elenco da Peça Teatral "Romão e Julinha"



Sinopse

Em Gatópolis, capital do Reino dos Gatos, existe uma rivalidade entre os gatos brancos e os amarelos. Os brancos, mesma linhagem do Rei, são nobres e gostam de praticar tiro ao alvo, mas são preguiçosos e não pescam. Os amarelos são plebeus mas os únicos que pescam. A situação vai se tornando crítica até que o Rei decide expulsar os amarelos da cidade, ficando, no entanto, com a sua reserva de peixes. Com a resistência dos amarelos, a guerra está declarada e quase se consuma, não fosse a intervenção de Romão e Julinha, um gato amarelo e uma gata branca que se apaixonam e conseguem trazer a paz ao reino de Gatópolis.

Sob Direção de Soraia Spolidório > SÔ

"Romão e Julinha" - Oscar Von Pfuhl

Esta é a história de uma guerra que não houve, mas quase houve, e na qual qualquer semelhança com "Romeu e Julieta", de William Shakespeare será levada em conta de mera coincidência, ou então fruto da imaginação do espectador.

O autor.

Nosso elenco em ordem de entrada: Giulia Scuciato, Maria Fernanda Vannucci, Amanda Lemos, Karen Mazzini, Thiago Borelli, Vitória Mori, Larissa Schiavo, Marcela Martins, Helena Lunkes e Laura Marchiori.

Sob direção da Professora Soraia Spolidório > SÔ

terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO SARAU

CONVITE À COMUNIDADE CONCHENSE.
De Soraia Spolidório
Presidente da
ONG “Espaço Cultural Joanino Maimone”.
SARAU – 28/10/2010 – Início – 15 horas
Local: Colégio Lúdico.
O Primeiro de tantos e tantos outros SARAUS que virão.
TEMA: “FOLCLORE”

O que é um SARAU?
SARAU é o encontro de todas as artes, pois a arte está em toda parte que se encontra.
É para aqueles que querem expor seus textos ao público, discutir literatura (acadêmica ou leigamente) e conhecer um pouco mais da história dessa arte que nos traz tanta emoção e vivacidade aos nossos olhos. Os Saraus eram manifestações artísticas, dança, música, teatro e poesia que eram apresentadas para os nobres e reis.
Sarau é onde a gente reúne os amigos ligados a arte e cultura. Onde a gente soma conhecimentos e delícias, onde a gente descobre junto e vivencia. Sarau é, segundo os dicionários consultados, reunião festiva, dentro de escola, de casa, de clube ou de teatro, em que se passa a noite a cantar, a poetizar, a falar, a expor a arte que está dentro e fora de nós é realizar sonhos, etc e tal...

“A ETERNA BUSCA”
- De onde eu venho?
- Pra onde eu vou?
- De onde eu venho,
- Não importa já passou...
- Nós que viajamos...
- Nós que percorremos essas estradas...
- Insistentemente...
- Passamos...






“PROCURANDO O TOM”
Não sou areia onde se desenha um par de asas
Ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo,
Em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
Sou construção e desmoronamento,
Servo e Senhor, e sou mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo:-
- o meu destino e eu.
- nem sempre estamos afinados,
- nem sempre nos levamos a sério.
Então vamos atuar nos palcos da vida...

Falar sobre o Tempo é muito difícil, por esta razão resolvemos em comum acordo para retratá-lo, resgatar toda a cultura que aprendemos na Cidade de Conchas, por esta e tantas outras razões, estamos de forma com que não nos esqueçamos de ninguém que está aqui neste presente tempo e para aqueles que já se foram nosso eterno carinho. Dedicamos este primeiro SARAU a todos os passados, presentes e futuros cidadãos dessa pequena mas inesquecível cidade onde crescemos e aprendemos a valorizar o nosso Tempo.

Tempo
O segredo do tempo é consumi-lo sem percebê-lo.
É fingir-se infinito para não o vermos passar
É fazer-se contar em anos em vez de momentos
Relógio, despertador, cronômetro, calendário
Tudo engodo para imaginarmos prendê-lo, controlá-lo
Ampulheta, único instrumento sincero do tempo
Regressivamente, nos impõe a gravidade
De haver realmente um último grão
Riscando na areia a nossa fragilidade
Mas o tempo é imparcial
Não distingue rico de pobre
Preto de branco, homem de mulher
Devora-se sem escolhas
Matar o tempo é matar-se sem sentido
Perdê-lo é viver em vão
Faz-se devagar nos maus momentos
Depressa quando o queremos
Ponteiro invisível da vida
Peça necessária do fim
A sua fome é insaciável
A sua vontade é determinante
A sua procura é unânime.
Se esconde nas sombras que se movem
Nos objetos que não mais servem
Nas pessoas que nunca mais vimos
Na podridão das frutas que não foram colhidas
Nas lembranças já esquecidas
Revela-se nas fotos que se desbotam
Nas cartas que amarelam
Nas crianças que crescem
Nas rugas que aparecem
Deixa-nos a esperança de Pandora
Nas ações dos que virão
No nascimento dos rebentos

Entender o que é um Café Filosófico


Projeto Café Filosófico
Professora Soraia Spolidório

O Café Filosófico é uma série de encontros nos quais são abordados anseios e angústias dos indivíduos na sociedade contemporânea, tendo como referências teóricas fundamentais a Sociologia e a Filosofia. Os prejuízos financeiros da última crise econômica mundial são evidentes. Mas quais são os seus prejuízos emocionais desta crise? Não é só a vida profissional e os planos de consumo que ficaram comprometidos, precisamos aprender a nos reerguer da falência dos nossos sonhos, planos de vida, nossas metas de relacionamento. Uma crise é tempo de mudança de significado e construção de novos rumos para as nossas finanças e vida emocional. O ponto positivo da crise, aliás, é que ela traz a oportunidade de nos reinventarmos. Com a ajuda de filósofos e historiadores, buscam decifrar o sentido dos acontecimentos cotidianos para viver melhor. Depois de ficar por mais de três séculos relegada ao papel de figurante na vida cotidiana do homem comum, a filosofia volta a ser discutida informalmente em lugares públicos e até consultórios, graças a um grupo de perfil tão variado quanto o de Denise, Rafael e Mozart. "Há um 'revival' da reflexão filosófica. Entre os séculos 15 e 18, ela sofreu um exílio em função do mundo prático que a física trouxe. Mas a supervalorização deste mundo gerou nas pessoas comuns um vazio existencial que só a filosofia pode ajudar a preencher porque as explicações técnico-científicas não são mais suficientes", afirma o filósofo e colunista da Folha Mario Sergio Cortella. A parte mais visível deste "revival" são os cafés filosóficos, invenção parisiense do início da década passada que pipocou pelos cinco continentes a partir de 95 e floresceu no Brasil nos últimos quatro anos. Abertos a pessoas de todas as idades que não precisam ter formação filosófica, os cerca de 230 cafés espalhados pelo mundo (mais da metade deles na França) viraram um espaço para debater questões cotidianas à luz da filosofia, como faziam os gregos há mais de 2.000 anos.
"As reuniões nos cafés são exercícios da cidadania. A reflexão filosófica sobre o que está por trás de acontecimentos diários que parecem banais desestabiliza preconceitos e aumenta a capacidade dos participantes de avaliar adequadamente os acontecimentos", diz a professora de filosofia da USP Olgária Matos. Apesar de nascida em praça pública, a filosofia afastou-se de suas origens e ficou restrita a iniciados, confinada aos muros da academia.

"A filosofia era diálogo e discussão a céu aberto, em praça pública, sobre a justa vida e o bem-viver. Era o exercício da busca da harmonia consigo mesmo e da concórdia na cidade", afirma Matos, pioneira nas iniciativas pela popularização da filosofia no Brasil.
Outra face deste "revival" são as tentativas de usar a filosofia para curar depressão, ansiedade e outros problemas emocionais até hoje tratados exclusivamente por psicanalistas e psiquiatras. Chamada no Brasil de filosofia clínica, a prática ainda é vista com desconfiança até por alguns filósofos, mas não pára de crescer.
“O mundo tecno-científico lida com o como as coisas acontecem, enquanto a filosofia e a religião lidam com o porquê”, diz Cortella. O fenômeno que provocou o "revival" da filosofia é o mesmo que levou ao boom da auto-ajuda e da nova religiosidade e que transformou o livro "O Mundo de Sofia", do norueguês Jostein Gaarder, em um dos maiores sucessos editorias de todos os tempos. "Em uma época em que a felicidade é sinônima de consumo de bens materiais, em que a política encontra-se separada da economia e que tudo passa por uma decisão técnica, a noção de sociedade civil se apaga. E a filosofia aparece para restaurar o sentimento de cidadania", diz Matos. Para Heraldo Tovani, organizador do projeto Filosofia no Cotidiano, da Prefeitura de Santo André (Grande São Paulo), a filosofia está se popularizando porque traz "algumas luzes de reflexão" ao mar de "cotidiano nonsense". "Não falta só ética, falta estética. Precisa-se, neste momento, de filosofia no cotidiano e de muito cotidiano na filosofia", diz Tovani.
Viver melhor
A filosofia ajuda a viver melhor porque desperta a interrogação, aprofunda a reflexão, pesquisa motivos ocultos e reinterpreta fatos, ridicularizando justificativas aparentes ou falsas. "Diante de afirmações dogmáticas, a filosofia introduz a dúvida. Ela é um exercício de vigilância crítica", diz o filósofo Israel Alexandria, um dos mentores do Café Filosófico, versão soteropolitana do Café dês Phares, o "pai" dos cafés filôs. Além de reunir pessoas de várias profissões, os cafés filosóficos brasileiros conseguiram atrair adolescentes, profissionais que poderiam ser seus pais e aposentados que poderiam ser avós. Aos 17 anos, Rafael Rogara é um dos mais jovens freqüentadores do Filosofia no Cotidiano. O mais velho tem 84. "Achávamos que a maioria do público ficaria na faixa dos 40, 50 anos.
“O grande número de adolescentes e jovens adultos foi uma agradável surpresa”, conta Tovani. Na primeira edição do café de Santo André, 65% do público tinham menos de 40 anos.
O interesse dos jovens pela filosofia pode surpreender hoje, mas era propagado desde a Grécia Antiga. No século 4 a.C., o filósofo grego Epicuro já dizia que "ninguém é pouco nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma". Segundo ele, "quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz". A falta de tempo livre imposta pela correria do mundo moderno tampouco deve se tornar motivo que impeça a reflexão. "A falta de tempo não é uma armadilha à prática da filosofia. Ao contrário, por viverem correndo, as pessoas querem fazer algo relevante com o pouco tempo livre que lhes resta", diz Cortella. Cafés filosóficos no Brasil. O primeiro café filosófico "brotou" na Praça da Bastilha, em Paris, no final de 1992. Por iniciativa do filósofo Marc Sautet, morto em 1998 aos 51 anos, o Café dês Phares passou a hospedar, nas manhãs de domingo, franceses de várias profissões sedentos por interpretar acontecimentos cotidianos à luz da filosofia. Confira abaixo alguns cafés filôs por aqui. Em São Paulo: o Café Filosófico da Livraria Cultura foi o pioneiro no Brasil. Fundado em agosto de 97 por Olgária Matos, professora de filosofia da USP, e pela jornalista Sônia Goldfeder, chegou a reunir 400 participantes em uma sessão. Com a saída de Olgária, em 99, o café se distanciou da concepção original, abrindo espaço para debates sobre história da arte e psicanálise. Mas ainda mantém o espírito do Café dês Phares, com sessões como a de setembro passado, em que a professora de filosofia da USP Scarlett Marton falou sobre Nietzsche e valores morais. Cerca de 120 pessoas participam dos debates mensais.
Desde fevereiro de 2000, a Hebraica também promove cafés filosóficos, mas o evento é aberto só para os sócios e seus convidados. Em Santo André (SP): chamado de Filosofia no Cotidiano, o evento de Santo André (Grande SP) é organizado pela Secretaria de Cultura e pela filósofa Olgária Matos. Desde abril, realiza-se na última quarta-feira do mês, na Casa da Palavra, sempre com um convidado encarregado de conduzir o debate sobre questões do dia-a-dia sob a ótica filosófica.
No último café, o professor de filosofia da USP Renato Janine Ribeiro falou sobre a legitimação do direito de desejar. Em Salvador (BA): desde abril de 2000, a versão baiana dos cafés filôs não tem sede própria, mas é realizada religiosamente uma vez por mês.
Batizada de Café. filosófico, o evento é dividido em três partes: abertura de 15 min. com apresentação de peças teatrais, poemas e músicas; exposição do palestrante convidado sobre o tema do mês (30 min.) e bate-papo (uma hora). O café itinerante é realizado em universidades, bares, bibliotecas ou espaços culturais.
FALCÃO, Daniela. Atitude filosófica dá qualidade de vida. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 jun. 2001. Folha Equilíbrio, p. 8

Café Filosófico

A Importância da Filosofia para a Educação.

Sobre a vida...


"A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte" (Gandhi)
Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos..

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.


Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.




domingo, 18 de julho de 2010

As primeiras peças teatrais.

As primeiras peças de teatro gregas eram apresentadas nas festas religiosas em homenagem ao deus Dioniso. Esse era o deus da festa, do vinho, da loucura, dos prazeres.

Nada mais louco, mais gostoso e mais embriagador do que o teatro não concorda?

Os três autores de teatro mais destacados foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Suas obras, escritas no século V a. C., eram chamadas de tragédias, e a maioria delas tinha final triste. O enredo das peças gregas sempre tratava de lendas conhecidas por toda a plateia. Portanto, o que atraía as pessoas não eram as histórias (que todos já conheciam), mas o jeito habilidoso e poético como o autor as tinha escrito. E realmente eram muito bem escritas. Tanto que ainda hoje é comum a apresentação de peças gregas nos mais modernos teatros do mundo.

Uma das tragédias mais bonitas de Ésquio é Prometeu Acorrentado. Prometeu foi o titã (uma espécie de deus antigo) que deu um presente maravilhoso à humanidade: o fogo. Dominando o fogo, os homens puderam superar os outros animais e ficar parecidos com os deuses. Os homens inventaram as ferramentas, a Astronomia, a Medicina a Matemática, a escrita. Com tamanha inteligência, os seres humanos ameaçavam a supremacia dos deuses. Por causa disso, Zeus, o principal dos deuses castigou Prometeu com uma terrível punição: ele foi acorrentado a uma rocha e, todos os dias, era visitado por um abutre que devorava seu fígado. Dor insuportável até a eternidade, que Prometeu aguentava com orgulho. A inteligência humana pode até nos fazer sofrer, mas nós temos orgulho dela!

A obra mais célebre de todas é ÉdiPo Rei, de Sófocles. Édipo era filho de Laio e Jocasta, reis de Tebas. Logo que o menino nasceu, o deus Apoio alertou que um dia, quando adulto, o filho mataria o próprio pai. Apavorado, o rei Laio abandonou a criança numa montanha. Mas o bebê foi salvo por um humilde pastor e foi educado sem saber que era filho de pais adotivos. Certo dia, quando já era adulto, Édipo ouviu uma terrível profecia, que dizia que ele mataria seu pai e casaria com sua mãe. Ficou horrorizado. Não queria que isso acontecesse. Por isso, abandonou seus pais adotivos (que ele acreditava serem seus pais de verdade) e fugiu para bem longe. Na estrada, esbarrou com um estranho e discutiu. Os dois lutaram com espadas e Édipo, mais jovem e vigoroso, matou o sujeito. Estava cumprida a primeira parte da profecia: aquele velho era Laio, o pai real de Édipo. Sem querer, Édipo matara o próprio pai!

Em seguida, Édipo aproximou-se de Tebas. A cidade estava dominada por um monstro terrível, a Esfinge (Sphinx). O rosto e o busto eram de uma mulher, mas o corpo era de leoa. Cada pessoa que se aproximava de Tebas era abordada pelo monstro, que lançava um enigma: “Decifra-me ou devoro-te”, dizia ele. Ou seja, quem não soubesse a resposta do problema seria morto por ele. Muitos tentaram responder, mas todos falharam. Até que chegou Édipo. O monstro fez a mesma pergunta de sempre: “Qual é o animal que de manhã tem quatro patas, ao meio-dia tem duas e ao entardecer tem três?” Conseguiria escapar da terrível Esfinge?

Édipo conseguiu. A resposta foi:
“O animal em questão é o ser humano. Na sua manhã ele é um bebê, que engatinha com os pés e as mãos. Ao meio-dia, é adulto e caminha sobre os dois pés. No seu crepúsculo, é um velho, que precisa de uma bengala, a terceira perna.” Diante da resposta certa, nada restou à Esfinge senão se matar.

Édipo tinha se tornado o herói salvador de Tebas. Famoso, casou-se com a rainha viúva Jocasta. Isso mesmo, ele se casou com a própria mãe! A segunda parte da profecia estava cumprida.

A desgraça se abateu sobre a cidade de Tebas. A fome e a peste mataram muitas pessoas. Édipo, agora rei de Tebas, queria saber o motivo daquela desgraça toda. O adivinho cego, Tirésias, sabia a resposta. Não enxergava nada do presente porque era cego, mas era capaz de enxergar o que nenhum homem poderia: o passado e o futuro. Então, Tirésias anunciou que o culpado de tudo era o assassino do antigo rei Laio.

Pobre rei Édipo! Fazia de tudo para encontrar o culpado quando ele próprio era o culpado! Finalmente, descobriu tudo: tinha matado o próprio pai e casado com sua mãe, chegando a ter quatro filhos com ela. Sua mãe, Jocasta, suicidou-se. Desesperado com a revelação, Édipo arrancou seus próprios olhos e, cego, partiu de Tebas, amaldiçoado, para morrer bem longe de lá.

No século XX, muitos psicanalistas (estudiosos da mente e da personalidade humana), seguidores das idéias de Sigmund Freud, disseram que a lenda grega de Édipo expressa um comportamento típico dos seres humanos durante uma fase de sua infância: o amor do me nino por sua mãe e o medo que tem de ser castigado pelo pai, ou o amor que a menina tem por sua mãe e o sentimento de que foi punida por causa disso.

Puxa vida, como as idéias e sentimentos dos gregos podem ser atuais não é mesmo?

Além das tragédias, os gregos apreciavam as peças engraçadas. O maior escritor de comédias teatrais foi Aristófanes. Ele ria de todo mundo, dos filósofos, dos políticos, dos militares. Até os deuses ridicularizou. Suas peças tinham palavrões e coisas obscenas, mas seu humor era inteligente.



Texto enviado às 11:15 - 12/09/2008
Autor: Ana Cláudia Sartorelli e Fernanda Soria

Teatro Grego

O teatro na Grécia antiga teve suas origens ligadas a Dionisio, divindade da vegetação, da fertilidade e da vinha, cujos rituais tinham um caráter orgiástico. Durante as celebrações em honra do deus, em meio a procissões e com o auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, os ditirambos, que mais tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje conhecemos através de peças consagradas.

Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas, que neste período também conheceu seu esplendor, mas espalhou-se por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África. Sua tradição foi depois herdada pelos romanos, que a levaram até as suas mais distantes províncias, e é uma referência fundamental na cultura do ocidente até os dias de hoje.

Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado. Téspis parece ter sido um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem individualizado, o ator, em contraste ao coro, anônimo e coletivo. Com estas inovações, é considerado o pai da tragédia, mas possivelmente não tenha sido de fato o primeiro a usar diálogos. Sólon parece ter escrito poemas com esta característica, e os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada.[1] Também parece ter introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois papéis na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face na frente e outra na nuca. As máscaras tinham uma outra função, eminentemente prática, por possibilitarem às pessoas acompanhar a ação cénica pelas expressões que mostravam, quando a voz do ator não conseguia alcançar toda a platéia.

Outros autores que se destacaram nesta época são Choerilus, Pratinas e Phrynichus, cada qual introduzindo mudanças no estilo da representação. Destes, Phrynichus é o mais conhecido, vencedor de competições e autor de tragédias com temas explorados mais tarde na era dourada do teatro grego, como As Danaides, As Mulheres da Fenícia e Alceste, sendo o primeiro a introduzir personagens femininos. Foi ainda o primeiro a abordar um tema contemporâneo com a peça A Queda de Mileto, produzida em 493 a.C. e que arrancou lágrimas da platéia pelo choque que a conquista da cidade pelos persas provocara na sociedade ateniense. Mas ao contrário do que se poderia esperar, Heródoto conta que em vez de ser considerada um sucesso por sua eficiência dramática, a peça acarretou ao autor uma multa de mil dracmas por ter trazido à memória dos cidadãos uma calamidade tão infausta, que os havia abalado tão profundamente, e a peça foi proscrita para sempre.[2]

O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a platéia.

Os atores do teatro grego eram todos homens, e interpretavam vários papéis durante o mesmo espectáculo. Na tragédia existiam três atores e na comédia quatro. Os atores utilizavam máscaras e fatos que poderiam ser pesados. Na tragédia os atores utilizavam uma túnica até aos pés, chamado quíton, e o coturno; na comédia usavam-se roupas próximas às utilizadas pelos cidadãos e calçavam-se sandálias.

[editar] O apogeu do teatro grego

Depois da queda de Atenas e sua destruição pelos persas em 480 a.C. a cidade foi reconstruída, e o teatro passou a desempenhar um papel ainda mais importante na cultura e no orgulho cívico locais. Com a evolução da forma e a introdução de enredos fictícios ou contemporâneos se estabilizaram dois gêneros principais, já plenamente cênicos: a tragédia e a comédia. Nas Grandes Dionísias três poetas concorriam, cada um com três tragédias e um drama satírico. Para além disso, apresentavam-se cinco comédias e 20 ditirambos.

As novidades desta fase são a introdução de um segundo ator, o deuteragonista, por Ésquilo, e depois um terceiro, o tritagonista, por Sófocles. O coro se formalizou e fixou com cerca de 4 a 8 pessoas, vestidas de negro, e o acompanhamento musical desenvolveu os primeiros sinais de cromatismo e polifonia na história da música do ocidente. Crátinos, por sua vez, foi o primeiro a levar a comédia a um alto nível de dignidade literária.

Helenismo

Com a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso sua influência declinou, a produção teatral decaiu e peças antigas voltaram aos palcos. Embora a tradição parecesse ter perdido vitalidade, o teatro continuou a ser cultivado até o período helenístico, quando o gênero de preferência passou da tragédia para a comédia, ora transformada em uma farsa cômica sobre assuntos prosaicos. O único autor importante do período é Menandro, e a Comédia Nova, como passou a ser chamada, teve grande influência na comédia romana de Plauto e Terêncio.

Os gêneros

Tragédia

A tragédia é o gênero mais antigo, tendo surgido provavelmente em meados do século VI a.C. Os temas da tragédia eram oriundos da religião ou das sagas dos heróis, sendo raras as tragédias que se debruçavam sobre assuntos da época (um exemplo de passada que abordava temas contemporâneos foi Os Persas de Ésquilo). A maioria das tragédias retrata a queda de um herói, muitas vezes atribuída à sua arrogância (hybris).

Comédia

Comédia

Cena de comédia em vaso da Apúlia, século IV a.C.
Busto de Eurípides, cópia romana de original grego do século IV a.C., Museu Pio-Clementino.

A comédia passou a integrar as Grandes Dionísias em 488 a.C., tendo tido portanto um reconhecimento meio século depois da tragédia. No ano de 440 a.C. a comédia foi também introduzida nas Leneias, outro festival em honra Dioniso no inverno. Na comédia o coro assumia uma importância maior que na tragédia e verificava-se uma maior interactividade com o público, já que os actores dialogavam com este.

Da Comédia Antiga apenas sobreviveram os trabalhos de Aristófanes, que se inspiram na vida de Atenas e que se caracterizam pela crítica aos governantes (Os Cavaleiros, Os Acarnenses), à educação dos sofistas (As Nuvens) e à guerra (Lisístrata). Um dos políticos mais criticados por Aristófanes foi Cléon, que teria levado Aristófanes aos tribunais por se sentir ofendido.

A Comédia Nova desenvolveu-se a partir da morte de Alexandre Magno em 323 a.C. até 260 a.C.. Teve em Menandro um de seus representantes. A política já não era um dos temas explorados, preferindo-se enredos que giravam em torno de identidades falsas, intrigas familiares e amorosas.

Autores


Embora sejam registrados muitos autores especialmente na época áurea do teatro grego, somente de quatro nos chegaram peças integrais, todos eles de Atenas: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes na tragédia, e Aristófanes na comédia. Suas criações, e mais referências de fontes secundárias como Aristóteles, são a base para o conhecimento do teatro da Grécia Antiga.

Ésquilo (525 a 456 a.C.. aproximadamente)

  • Principal texto: Prometeu acorrentado.
  • Tema principal que tratava: contava fatos sobre os deuses e os mitos.

Sófocles (496 a 406 a.C. aproximadamente)

  • Principal texto: Édipo Rei.
  • Tema principal que tratava: as grandes figuras reais.

Eurípides (484 a 406 a.C.aproximadamente)

  • Principal texto: As troianas
  • Tema principal que tratava: dos renegados, dos vencidos (pai do drama ocidental)

Aristófanes (445 a.C.? – 386 a.C.) Dramaturgo grego considerado o maior representante da comédia grega clássica.

Os teatros


Os teatros (de theatron, "local onde se vê") surgiram a partir do século VI a.C.. Julga-se que antes disso as primeiras representações teatrais seriam realizadas em locais públicos como a ágora de Atenas.

Os teatros situavam-se ao ar livre, nos declives das encostas, locais que proporcionavam uma boa acústica. Inicialmente os bancos eram feitos de madeira, mas a partir do século IV a.C. passaram a ser construídos em pedra.

Para além a platéia distinguiam-se várias áreas no teatro. A orquestra era a área circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das bancadas, onde o coro realizava a sua interpretação. Julga-se que a orquestra teria de início uma forma quadrangular, como no Teatro de Tóricos. No centro da orquestra ficava a thymele, um altar em honra a Dioniso, que servia não só para oferecer sacrifícios, mas também como adereço. Em cada lado da orquestra existiam as entradas para o coro, os parodoi.

Detrás da orquestra estava a skenê, o cenário, estrutura cuja função inicial foi servir como local onde os actores trocavam de roupa, mas que passou também a representar a fachada de um palácio ou de um templo. Frente à skenê estava o proscenium, onde os actores representavam os papéis, se bem que estes também se deslocassem até à orquestra.

Dos teatros da Antiga Grécia alguns dos mais importantes são o Teatro de Epidauro, o Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático, o Teatro de Delfos, o Teatro de Segesta, o Teatro de Siracusa e o Teatro de Dionísio.


Notas e referências

  1. Brockett, Oscar G. History of the Theatre. Allyn and Bacon, 1999. USA. p.16-17
  2. Herodotus, Histories


As primeiras peças teatrais.

As primeiras obras teatrais de relevo surgidas na Grécia Antiga foram algumas tragédias representadas em Atenas no século VI a.C.
Nessa fase inicial, mais do que ser atividade artística, o teatro se relacionava às práticas religiosa. As tragédias faziam parte das festas em homenagem ao deus Dioniso, nas quais era comemorado o retorno da primavera e a nova fertilidade dos campos. A própria palavra tragédia mostra essa ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos.Tragédia deriva de tragós, que em grego significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos festivais dionisíacos. No século seguinte, a tragédia sofisticou-se e despontou como gênero relativamente autônomo, cada vez mais distante das festividades religiosa. Nessa mesma época surgiu um novo gênero teatral, a comédia, cujo nome deriva de komós (banquete). Gênero por princípio mais descontraído, a comédia dedicava-se fundamentalmente à crítica política, social e de costumes. À medida que o teatro foi se consolidando como arte, surgiram regras para nortear a criação. Exigia-se, por exemplo, que o autor utilizasse mimesis, ou seja, que os fatos apresentados em cena fossem verossímeis, possíveis de ocorrer na vida real. Começaram, então, a ser realizados os festivais de teatro, em que se inscreviam diversos autores para concorrer a um prêmio. Cada participante deveria apresentar três tragédias sobre o mesmo mito (por exemplo, Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona), além de uma sátira. Em todas as regiões de cultura helênica as tragédias e comédias eram representadas em teatros ao ar livre. O público sentava-se nas escadarias, e entre a platéia e o palco havia uma área semicircular denominada orquestra. Mas não era, como parece à primeira vista, o lugar dos músicos: estes se colocavam nas laterais. Na orquestra ficava o "coro", parte integrante da melhor produção teatral na Grécia. Formado por doze a catorze jovens, o coro funcionava como intermediário entre o público e os atores protagonistas, comentando, julgando e acompanhando a história interpretada. Os protagonistas também se comunicavam com o coro, participando-lhe suas aflições ou sua impressões durante a ação. Nas peças gregas, em geral, a palavra era mais importante que a movimentação em cena. O drana ou os fatos que acontecem a partir da ação eram, na maior parte dos casos, comunicados por mensageiros ou pelo coro.
O palco do teatro (em grego, skené) era quase sempre fixo e geralmente representava a entrada de um palácio em dois ou mais planos. O espaço genérico do palco era modificado com a utilização de grandes telas pintadas e uma iluminação especial feita com lamparinas a óleo. Sugeria-se assim um campo de batalha, uma taverna ou uma praia. Mas, no fundamental, a cenografia ficava por conta da imaginação do espectador. Para facilitar, em determinados momentos um ajudante apresentava cartazes com os dizeres "interior do Palácio", "Arremadores de Atenas"... No palco movimentavam-se geralmente dois atores de cada vez; só em casos excepicioanis havia três ou mais atores em cena. Esperava-se um desempenho extraordinário dos protagonistas. O texto, todo composto em verso, devia ser declamado como uma espécie de meio-canto acompanhado por música (o que hoje chamamos "recitativo"); algumas partes eram literalmente cantadas. Para serem vistos por todos, os atores vestiam uma espécie de armadura e calçavam tamancos altíssimos, chamados coturnos, que aumentavam sua altura em cerca de meio metro. As roupas de cena eram pesadas e sem elasticidade e uma enorme máscara que escondia o rosto completava a caracterização. Uma das principais funções da máscara era facilitar a imediata identificação do personagem (o rei, o deus, o vilão) pela platéia, assim que o ator entrasse em cena. Além disso, a expressão da máscara acentuava os sentimentos dominantes de cada personagem: ira, desprezo, compaixão... Havia um sem-número de máscara, representando tipos humanos e os mais variados sentimentos. Mas , a principal função da máscara era de ordem técnica. Em seu interior, no lugar correspondente à boca, havia um pequeno megafone que amplificava o som da voz. Esse dispositivo era fundamenta, pois, como os teatros eram ao ar livre, dificilmente os atores teriam recursos vocais suficientes para alcançar toda a platéia, por mais perfeita que fosse acústica da construção. Os atores em todo homens e interpretavam papéis masculinos e femininos indiferentemente. Na verdade, tudo dependia muito mais da imaginação do espectador do que dos recursos técnicos. Mas o que dominava, conseguindo atravessar os séculos, era a magia da palavra, o profundo encantamento poético que as peças transmitiam.

Fonte(s):

google

As primeiras peças teatrais.

As primeiras obras teatrais de relevo surgidas na Grécia Antiga foram algumas tragédias representadas em Atenas no século VI a.C.
Nessa fase inicial, mais do que ser atividade artística, o teatro se relacionava às práticas religiosa. As tragédias faziam parte das festas em homenagem ao deus Dioniso, nas quais era comemorado o retorno da primavera e a nova fertilidade dos campos. A própria palavra tragédia mostra essa ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos.Tragédia deriva de tragós, que em grego significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos festivais dionisíacos. No século seguinte, a tragédia sofisticou-se e despontou como gênero relativamente autônomo, cada vez mais distante das festividades religiosa. Nessa mesma época surgiu um novo gênero teatral, a comédia, cujo nome deriva de komós (banquete). Gênero por princípio mais descontraído, a comédia dedicava-se fundamentalmente à crítica política, social e de costumes. À medida que o teatro foi se consolidando como arte, surgiram regras para nortear a criação. Exigia-se, por exemplo, que o autor utilizasse mimesis, ou seja, que os fatos apresentados em cena fossem verossímeis, possíveis de ocorrer na vida real. Começaram, então, a ser realizados os festivais de teatro, em que se inscreviam diversos autores para concorrer a um prêmio. Cada participante deveria apresentar três tragédias sobre o mesmo mito (por exemplo, Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona), além de uma sátira. Em todas as regiões de cultura helênica as tragédias e comédias eram representadas em teatros ao ar livre. O público sentava-se nas escadarias, e entre a platéia e o palco havia uma área semicircular denominada orquestra. Mas não era, como parece à primeira vista, o lugar dos músicos: estes se colocavam nas laterais. Na orquestra ficava o "coro", parte integrante da melhor produção teatral na Grécia. Formado por doze a catorze jovens, o coro funcionava como intermediário entre o público e os atores protagonistas, comentando, julgando e acompanhando a história interpretada. Os protagonistas também se comunicavam com o coro, participando-lhe suas aflições ou sua impressões durante a ação. Nas peças gregas, em geral, a palavra era mais importante que a movimentação em cena. O drana ou os fatos que acontecem a partir da ação eram, na maior parte dos casos, comunicados por mensageiros ou pelo coro.
O palco do teatro (em grego, skené) era quase sempre fixo e geralmente representava a entrada de um palácio em dois ou mais planos. O espaço genérico do palco era modificado com a utilização de grandes telas pintadas e uma iluminação especial feita com lamparinas a óleo. Sugeria-se assim um campo de batalha, uma taverna ou uma praia. Mas, no fundamental, a cenografia ficava por conta da imaginação do espectador. Para facilitar, em determinados momentos um ajudante apresentava cartazes com os dizeres "interior do Palácio", "Arremadores de Atenas"... No palco movimentavam-se geralmente dois atores de cada vez; só em casos excepicioanis havia três ou mais atores em cena. Esperava-se um desempenho extraordinário dos protagonistas. O texto, todo composto em verso, devia ser declamado como uma espécie de meio-canto acompanhado por música (o que hoje chamamos "recitativo"); algumas partes eram literalmente cantadas. Para serem vistos por todos, os atores vestiam uma espécie de armadura e calçavam tamancos altíssimos, chamados coturnos, que aumentavam sua altura em cerca de meio metro. As roupas de cena eram pesadas e sem elasticidade e uma enorme máscara que escondia o rosto completava a caracterização. Uma das principais funções da máscara era facilitar a imediata identificação do personagem (o rei, o deus, o vilão) pela platéia, assim que o ator entrasse em cena. Além disso, a expressão da máscara acentuava os sentimentos dominantes de cada personagem: ira, desprezo, compaixão... Havia um sem-número de máscara, representando tipos humanos e os mais variados sentimentos. Mas , a principal função da máscara era de ordem técnica. Em seu interior, no lugar correspondente à boca, havia um pequeno megafone que amplificava o som da voz. Esse dispositivo era fundamenta, pois, como os teatros eram ao ar livre, dificilmente os atores teriam recursos vocais suficientes para alcançar toda a platéia, por mais perfeita que fosse acústica da construção. Os atores em todo homens e interpretavam papéis masculinos e femininos indiferentemente. Na verdade, tudo dependia muito mais da imaginação do espectador do que dos recursos técnicos. Mas o que dominava, conseguindo atravessar os séculos, era a magia da palavra, o profundo encantamento poético que as peças transmitiam.

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PlatãoxAristóteles e o Teatro.

Mimesis em contraste com diegesis

Também foram Platão e Aristóteles que diferenciaram mimesis de diegesis. Diegesis não é a representação do real através da arte, mas a encenação, os atores que descrevem eventos e atuam. É na diegesis que o autor leva o espectador ou leitor diretamente a expressar livremente sua criatividade, fantasias e sonhos, em contastre com a mimesis. Diegesis pode ser entendida, ainda, como “contar”, o autor narrando a ação diretamente e descrevendo o que está na mente dos personagens, suas emoções, enquanto a mimesis é vista como “mostrar” o que está acontecendo com as personagens através de seus pensamentos e suas ações.

Contra argumentos

A teoria diz que uma obra só é arte se for imitação ou representação da Natureza. Uma pintura abstrata não representa a Natureza e também pode ser considerada arte.

Mimesis/Teatro.

Mimesis (μίμησις de μιμεîσθαι), ou mimese, simplificando, significa imitação ou representação em grego.

Tanto Dinis quanto Aristóteles viam, na mimesis, a representação da natureza. Contudo, para Platão toda a criação era uma imitação, até mesmo a criação do mundo era uma imitação da natureza verdadeira (o mundo das idéias). Sendo assim, a representação artística do mundo físico seria uma imitação de segunda mão.

Já Aristóteles via o drama como sendo a “imitação de uma ação”, que na tragédia teria o efeito catártico. Como rejeita o mundo das idéias, ele valoriza a arte como representação do mundo. Esses conceitos estão no seu mais conhecido trabalho, a Poética.

Sócrates

Só sei que nada sei...
Sócrates chegou a conclusão que a sabedoria ultrapassa nossos limites e não temos como percebê-la na sua totalidade. O verdadeiro sábio é aquele que se coloca na posição de eterno aprendiz.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

John Lennon stand by me

Solicitação aos familiares

Sou louca sim!
Adoro cantar, gritar, amar, ter amigos, conquistar o mundo é e sempre foi a minha meta.
Sou Feliz e tenho tudo o que sempre quis!
Aqui deixo o meu pedido supremo: "Quero que doem os meus orgãos", sem discussão.
Quero viver por mais 51 anos, quem sabe... Mas se algo acontecer, quero que lembrem-se tem gente que ainda precisa de mim!
É assim que desejo viver!!!!!!!!!!!
Amo muito tudo isso!!!!!!!!!!
Sempre SÔ

Al Pacino - Scent of a Woman

Bon Jovi - always on my mind - live

Bicho de Pé - Pedra de responsa

Canto do Povo de um Lugar (Caetano Veloso) - Cristina Motta

Oficina para Professores Colégio Lúdico Conchas.

Projeto Teatro na Escola.

sábado, 8 de maio de 2010

Site exclusivo.

Confira o vídeo de apresentação da série.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Pensador

O pensador de Rodin



Apoiando na mão rugosa o queixo fino,
O Pensador reflete que é carne sem defesa:
Carne da cova, nua em face do destino,
Carne que odeia a morte e tremeu de beleza.

E tremeu de amor; toda a primavera ardente,
E hoje, no outono, afoga-se em verdade e tristeza.
O "havemos de morrer" passa-lhe pela mente
Quando no bronze cai a noturna escureza.

E na angústia seus músculos se fendem sofredores.
Sua carne sulcada enche-se de terrores,
Fende-se, como a folha de outono, ao Senhor forte

Que o reclama nos bronzes. Não há árvores torcida
Pelo sol na planície, nem leão de anca ferida,
Crispados como este homem que medita na morte.

Gabriela Mistral(Tradução de Manuel Bandeira)

Imagem:Escultura de Rodin


domingo, 28 de fevereiro de 2010

EScolha

Amigos pra sempre!

Amigos eternos! Quando eu fiquei grávida, Léo foi o primeiro a sentir e não saia do meu lado, sempre atento aos sons que começaram a tomar conta de meu ventre, ficava observando e olhava pra mim, sabia que havia vida dentro da minha vida!

Há seis anos, ele partiu, mas deixou sua lembrança em todos os lugares e sua presença continua fazendo parte de meu coração.
Te amamos Léo. Mami e Nani.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mãe e filha!


As coisas são. Só o homem existe. O homem é uma possibilidade. Realizar essa possibilidade é SER. O homem é o único animal na face da terra que tem condição de voltar-se para si mesmo. Portanto, toda atitude inconsciente é um desmerecimento da condição humana, uma perda de identidade. Paulo Freire

Fé camarada, fé!


"O Humano"
Todas as religiões, praticamente todas as filosofias e até uma parte da ciência testemunharam o esforço heróico e infatigável da humanidade para desesperadamente negar sua contingência. Jacques Monod

Natural que é natureza.


Na diversidade de seu aparecimento, a natureza nos causa uma viva impressão de ordem. Não uma ordem teórica e distante, mas próxima e prática. Ela é mandamento de conduta e diretriz de nossos atos.
"É sabedoria agir de acordo com a natureza,. ouvindo sua voz" Heráclito.

Aprender a ser só.

A Solidão - Apesar de vivermos juntos e muitas vezes massificados, somos ilhas isoladas. Sofremos de solidão.
"Falando em solidão, torna-se claro que ela não é uma coisa que nos seja possível tomar ou deixar. Somos nós. Podemos enganar-nos a este respeito e agir como se não fosse assim; nada mais. Mas melhor é admitir que se é só, e mesmo partir daí" Rilke

Para minha Filha Naira.

"Que haja sempre AMOR em seu coração, pois só assim conseguirá conquistar a PAZ."
"Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só a humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as ações, a banalidade dos trabalhos,
Só assim, aí de mim! Só assim se pode viver.
Só assim, ó noite, e eu nunca poderei ser assim!"
Fernando Pessoa.

Ser ou não ser, eis a questão...

"Erros graves: julgar-se mais do que se é, estimar-se menos do que se merece." Goethe

"Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara. Quando tirei e me vi ao espelho, já tinha envelhecido." Fernando Pessoa/Álvaro de Campos.

"O futuro pertence àqueles que acretitam na beleza dos seus sonhos." Eleanor Roosevelt

"A face humana é igual à daqueles deuses orientais: várias faces sobrepostas em diferentes planos, e é impossível ver todas elas de uma só vez." Marcel Proust

Nani e Léo


Há tantos anos de histórias, Nani e Léo.
A primeira palavra que Nani falou foi: Léo. Nosso cão que viveu durante 16 anos ao nosso lado.
Hoje faz 6 anos que partiu. Ele faz parte da constelação celeste. Amamos você, querido e inesquecível Léo.
"O tempo clarifica tudo, e não há estado de espírito que se mantenha inalterado com o passar das horas." Thomas Mann.

Estou bem na foto?

Meus amigos fizeram a história da minha vida. De várias formas transformaram minhas limitações em privilégios e me permitiram caminhar Serena e Feliz na penumbra de minha privção.
Helen Keller, cega, surda e muda desde o nascimento.

Amor e paixão

"Mas não te invejo, amor, essa indiferença, que viver nesse mundo sem amar, é pior que ser cego de nascença!" Florbela Espanca
"Está escrito: Não é só de pão que vive o homem." LC 4,4

"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente." Érico Veríssimo.

"Não temos o direito de consumir felicidade sem produzi-la." G.B. Shaw

Os ecos dos filósofos.


"...A natureza faz tudo sozinha nas operações do animal, ao passo que o homem concorre para as suas na qualidade de agente livre." Rousseau
"Esse mundo que dava a impressão de ser sem mim, de me envolver e de ser superior a mim, sou eu que o faço existir." Merleau-Ponty
"O homem é o único "animal ético" que existe e, nunca, ninguém poderá deter a verdade, assim como não a terá de maneira absoluta."

Os ecos dos filósofos.


"A liberdade de arbítrio é sua independênci quanto à sua determinação sobre todos os motivos sensíveis; tal é o conceito negativo de liberdade." Kant
"Consciência! Consciência! Instinto divino, imortal e voz celestial: guia decidido de um ser ignorante e limitado, mas inteligente e livre; juiz infalível do bem e do mal que torna o homem semelhante a Deus." Rousseau

Os ecos dos filósofos.


"...É possível adquirir conhecimentos que sejam bastante úteis à vida... e assim nos tornamos senhores e detentores da natureza." Descartes
"Quero ser livre...! Isto significa: quero me construir sozinho, fazer de mim aquilo que serei." Fichte

Os ecos dos filosófos!

"Ninguém escolhe a si mesmo. Ninguém tampouco escolhe seus pais..." Alain
"O homem nada mais é que seu projeto; ele só existe na medida em que o projeto se realiza, logo ele não é nada mais do que o conjunto de seus atos, nada mais que sua vida." Sartre.
"... os homens se imaginam livres porque tem consciência de suas volições e de seus apetites e não pensam, nem em sonho, nas causas pelas quais se preparam para apetecer e desejar, não tendo a respeito delas nenhum conhecimento." Espinosa.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Escambo...

CAda fracasso ensino ao homem algo que necessita aprender.
Charles Dickens.

Faces.

"O tempo clarifica tudo, e não já estado de espiríto que se mantenha inalterado com o passar das horas."
Thomas Mann

Quem sou eu???


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Moments of pleaseure.

http://www.youtube.com/watch?v=D5P0v0kGauc

sábado, 2 de janeiro de 2010

Viver para frente!

"A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, mas deve ser vivida para frente."
Sorem Kierkegaard

Aniversário de Tatá

Amiga Amada!
Amada Amiga!
Você sempre estará guardada em meu coração, sempre!
Te amo!
Bjos no coração.